quinta-feira, 31 de março de 2011

Agenda 21

                                                


 
 A ONU - Organização das Nações Unidas - através da sua Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criou o conceito de Desenvolvimento Sustentável.
Trata-se de um modelo que preconiza satisfazer as necessidades presentes sem comprometer os recursos necessários à satisfação das gerações futuras, buscando atividades que funcionem em harmonia com a natureza e promovendo, acima de tudo, a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.
 Um grande passo para nortear a prática de ações sob esse conceito foi a elaboração e lançamento da Agenda 21 Global na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, conhecida como ECO-92, realizada em 1992, no Rio de Janeiro.
 A Agenda 21 é um programa de ações para o qual contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
 Na verdade, a Agenda 21 aprovada pelos países tem a função de servir como base para que cada um desses países elabore e implemente sua própria Agenda 21 Nacional, compromisso, aliás, assumido por todos os signatários durante a ECO-92.






 A partir da Agenda 21 Global, todos os países que assinaram o acordo assumiram o compromisso de elaborar e implementar sua própria Agenda 21 Nacional.
 A Agenda 21 Nacional deve adequar-se à realidade de cada país e de acordo com as diferenças sócio-econômico-ambientais, sempre em conformidade com os príncipios e acordos da Agenda 21 Global.
 A metodologia empregada internacionalmente para a elaboração das agendas 21 nacionais contempla a participação de diferentes níveis do governo, o setor produtivo e a sociedade civil organizada.
 No Brasil foi criada, por decreto do Presidente da República, em fevereiro de 1997, a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21, no âmbito da Câmara de Políticas dos Recursos Naturais, incluindo representantes do governo e da sociedade civil, com as atribuições de (1) propor estratégias de desenvolvimento sustentável e (2) coordenar, elaborar e acompanhar a implementação daquela Agenda.
 A Comissão tem sua formação fixa e poderá, sempre que necessário, instituir grupos de trabalho temáticos. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente prover o apoio técnico-administrativo necessário ao funcionamento da Comissão.
 Um fator diferencial da Agenda Brasileira em relação às demais experiências no mundo é a opção pela inclusão das Agendas Locais.
 Num país de dimensões continentais e de múltiplas diferenças, a criação das Agendas Locais torna-se condição indispensável para o êxito do programa.





  A Agenda 21 Brasileira tem como opção a criação de Agendas 21 Locais. A proposta é que cada cidade faça sua Agenda 21 Local com a participação da sociedade civil.
Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade e às suas diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios gerais:
  • participação e cidadania;
  • respeito às comunidades e diferenças culturais;
  • integração;
  • melhoria do padrão de vida das comunidades;
  • diminuição das desigualdades sociais;
  • mudança de mentalidades.
 Os compromissos assumidos pelos representantes dos países que aprovaram a Agenda 21 Global são muito claros e objetivos. Preservar as florestas e as nascentes, buscar substitutos para o CFC e outras substâncias que destroem a camada de ozônio, proibir a pesca destrutiva, buscar novas fontes de energia renováveis, reduzir o lixo produzido e encontrar combustíveis alternativos são alguns dos compromissos que devem ser traduzidos em ações, quando couber, na formulação de cada Agenda 21 Local.



Link sobre a agenda 21 brasileira, programação:

Lixo no Pacífico

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fica a dica: Assistam o documentário - Lixo extraordinário de Vik Muniz

   É muito interessante o documentário do Vik Munis, ele é um artista plastico, que ultiliza o lixo pra fazer suas obras. Recentemente, estava tendo uma exposição das obras dele lá na UNIFOR.
  Esse ano, ele concorreu ao OSCAR de melhor documentário,  no qual  ele produziu no Rio de Janeiro, no maior lixão da América Latina, mostrando as pessoas que lá trabalham, o modo de vida, suas condições socioeconómicas, e  como transformar o lixo em obra plástica. No documentário, ele muda a vida de algumas pessoas, através da arte, principalmente a do conhecido TIÃO, o líder da associação de catadores do lixão.
  Vale a pena assistir, eu assisti e adorei.
                                                                                                                               Jéssica Jataí.

segunda-feira, 21 de março de 2011

As mudanças do clima na agricultura: Já se observa  um grande aumento no período de seca, prejudicando a agricultura. =// Havendo um desequilíbrio na produção, principalmente de café, no Brasil

Mudança climática vai afetar geração de energia no Nordeste. Potencial da energia eólica cairá até 60% | Portal EcoDebate

As mudanças climáticas previstas para as próximas décadas prejudicarão mais a produção de energia na região Nordeste. Esta é uma das principais conclusões de um estudo da Coppe/UFRJ, que procura medir o impacto dos efeitos climáticos sobre a produção de energia a partir de fontes renováveis no período de 2071 a 2100. O Nordeste sofrerá efeitos na geração de energia hidrelétrica, eólica e na produção de biodiesel. Por Janaina Lage, da Folha de S.Paulo, no Rio, na Folha Online, 02/06/2008 – 09h37.
A pesquisa foi patrocinada pelo Reino Unido por meio do Global Opportunity Fund e faz parte do projeto de uso dos cenários de mudanças climáticas para estudos de vulnerabilidade e adaptação no Brasil e na América do Sul.
Os pesquisadores ressaltam que, em razão do grande número de incertezas e da necessidade de bases de dados mais completas, o estudo é mais um indicador de tendências.
“As regiões áridas se tornarão mais áridas e o problema da irrigação aumentará. Haverá menor incidência de ventos. O sistema energético do interior do Nordeste é menos robusto do que o do Sudeste e é menos capaz de responder a variações climáticas”, afirma Alexandre Szklo, um dos autores.
As hidrelétricas da bacia do São Francisco serão as mais atingidas, com perspectiva de queda na produção de energia de até 7,7% na estimativa mais pessimista. Foram definidos dois cenários, um de emissões altas e outro de baixas emissões de gases do efeito estufa.
O primeiro prevê aumento de temperaturas e o segundo supõe chuvas e ventos mais reduzidos. O estudo usa ainda as projeções do Plano Nacional de Energia 2030, da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Para José Goldemberg, físico da USP e especialista em energia, as conclusões não deixam dúvidas: “Isso mostra que o país não pode assumir a postura de que o problema não é conosco. A questão do Nordeste está ligada à circulação de água na Amazônia. O que devemos fazer é engajar o Brasil nas negociações internacionais que têm como finalidade reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou.
Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, é preciso observar os resultados com cautela porque as projeções envolvem muitas incertezas. Apesar disso, avalia os resultados como favoráveis, com perspectiva de expansão do álcool e queda pequena das hidrelétricas. Sobre a oferta de energia no Nordeste, ele avalia que o fator regional tende a perder importância no futuro.
“É razoável supor que daqui a 50 anos não vai haver limite de intercâmbio de uma região para outra. Você vai ter transmissões com redes contínuas e outras tecnologias que estão nascendo, e a regionalização perde sentido”, disse.
Demanda em alta
O estudo avaliou ainda o aumento da demanda de energia em razão das mudanças climáticas e verificou que haverá, no cenário mais pessimista, uma elevação de 8% no consumo total de eletricidade no país. Foram levados em conta, nessa projeção, os aumentos da temperatura média e também do número de dias quentes.
O cálculo considera que o aparelho de ar-condicionado é ligado com temperaturas acima de 24C. O consumo de eletricidade no setor residencial deve aumentar até 9% e o do setor de serviços, até 19%.
Em 2005, o uso de aparelhos de ar-condicionado nas residências representou 7,6 TWh (terawatts/hora), o equivalente a 9,2% do consumo total de eletricidade no setor residencial.
Para 2030, a projeção é de um consumo de 14,8 TWh, o que significaria uma participação de 5,2%.
Potencial da energia eólica cairá até 60%
O potencial de geração de energia eólica cairá até 60% até 2100. O estudo feito no Rio de Janeiro se baseou nos números de velocidade média anual do vento projetados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para o período de 2071 a 2100 e tem como referência uma velocidade mínima de 6 m/s.
As simulações realizadas pelos pesquisadores da Coppe mostraram uma perda de potencial eólico no interior e uma concentração de áreas com potencial no litoral Norte e Nordeste. Na costa, aumentará a ocorrência de ventos com velocidade superior a 8,5 m/s, mas isso não chegará a compensar as perdas do interior.
A concentração em áreas favoráveis pode facilitar a viabilidade econômica dos projetos, diz o trabalho. “O potencial que sobra é economicamente viável”, afirma Alexandre Szklo, um dos autores do estudo.
Pelas projeções feitas pela UFRJ, até mesmo a produção de energia offshore pode ficar atraente. “Embora as tecnologias offshore tenham custos altos, as restrições ambientais poderão ajudá-las”.
Para Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, o país não teria condições de explorar o potencial integral. “Teria de lotar o país de cata-ventos. Os resultados mostram que há um potencial na costa”.
Segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, a energia eólica está apenas começando no país e os resultados não reduzem a sua atratividade.